João Matos «Acreditar na nossa qualidade»

João Matos tem sido um dos jogadores em maior destaque na Selecção Nacional de Futsal. O espírito de luta e de sacrifício que apresenta e a inteligência que emprega em jogo têm garantido ao ala luso a conquista do seu espaço na Equipa das Quinas, abrindo perspectivas de uma longa e profícua carreira internacional.

Esta quinta-feira, João Matos é uma das opções de Jorge Braz para o jogo entre Portugal e a Espanha, a contar para os quartos-de-final do Grand Prix, em partida marcada para o Ginásio Internacional Newton de Faria, em Anápolis, pelas 16h00 (mais três horas em Portugal Continental). O jogo encerra um elevado grau de dificuldade, mas o internacional luso acredita que a nossa Selecção pode surpreender os espanhóis.

“O grau de exigência no torneio é cada vez maior. Temos noção da qualidade da Espanha, até porque já a defrontámos diversas vezes, e estou certo que vamos dar uma resposta positiva em relação à exibição menos conseguida que tivemos diante do Irão”, começou por dizer João Matos, em declarações ao fpf.pt.

“Vamos dar o máximo, colocar em campo tudo o que temos, já que entrámos nesta competição para ganhar. Temos de trabalhar muito, tendo noção da qualidade dos espanhóis, mas também sabendo que têm pontos fracos e fragilidades que poderemos aproveitar. É nisso que temos de nos focar e manter uma concentração máxima”, prosseguiu, lembrando que a nossa Selecção “está cada vez mais ao nível da Espanha e isso viu-se no último Europeu, principalmente na final”.

João Matos adiantou outros ingredientes da receita para levar de vencidos os campeões europeus: “Precisamos de acreditar um pouco mais em nós próprios, no nosso valor e capacitarmo-nos que podemos superar a Espanha. Temos de saber interpretar o jogo, que é uma coisa que a Espanha faz muito bem, e saber o que fazer perante os diferentes momentos e dificuldades que o encontro apresentar, algo que ainda não conseguimos fazer de forma continuada”.

Sobre o jogo com o Irão, da passada terça-feira, o jogador do Sporting reconhece que foi uma partida menos conseguida, mas que a nossa Selecção não acusará, diante da Espanha, aquele resultado negativo. “O grupo apenas ficou mais abalado porque constatou que as exibições individuais não foram boas. Se cada jogador tem consciência disso e se está triste, já é um bom sinal. Temos de nos empenhar para melhorar. Mas não podemos dramatizar em demasia: ultrapassámos a fase de grupos num dos dois primeiros lugares, estamos nos quartos-de-final da competição e não temos nada a lamentar. Simplesmente perdemos um jogo. Faz parte do Desporto. Não está nada perdido e o torneio continua para nós. Porque não poderemos ganhar agora à Espanha?”, enfatizou.

Com 13 jogos disputados com a Camisola das Quinas, João Matos fez parte da equipa que conquistou o título de vice-campeã europeia, em Janeiro último, na Hungria. Agora, no Grand Prix, não esconde o orgulho que tem por representar o País numa competição tão prestigiada. “O Grand Prix é como se fosse um “mini-mundial”, onde estão as melhores equipas do Mundo. Acho que para qualquer jogador, independentemente da idade, estar na Selecção e poder defrontar equipas como a Espanha ou a Rússia é sempre bom. Aprende-se muita coisa, é outro Mundo em termos desportivos, porque é um Futsal completamente diferente daquele a que estamos habituados no Campeonato Português. Por isso, a presença neste torneio tem sido uma aprendizagem constante, mesmo através da simples observação dos jogos”, explicou.


O internacional luso mostra-se feliz com a sua carreira na Selecção, mas tem grandes ambições para o futuro. “A partir do momento em que representamos o País, o maior objectivo é ganhar todos os jogos, todas as competições em que estamos envolvidos, sejam jogos particulares, de qualificação, ou fases finais de Europeus ou Mundiais. O meu maior sonho é ser campeão do Mundo ao serviço da Selecção”, concluiu.

fonte:FPF