No futsal moderno está muito claro o conceito de plantel total, ou seja, é seu grupo de 12 jogadores no conjunto de toda a partida quem vai determinar o bom rendimento de sua equipe ou mesmo o fracasso dela. Já sabemos que os jogos e os títulos não se ganham com só 5 ou 6 jogadores, ao contrário, quanto mais atletas em boas condições de participar, maior a chance de alcançarmos os triunfos. Didaticamente podemos definir algumas razões pelas quais um treinador se vê obrigado a fazer uma substituição durante uma partida, definindo e comentando cada uma delas. Senão vejamos:
1) Sistema 4 por 4 de substituições – independente do andamento da partida e do resultado parcial a cada período de tempo, saem 4 jogadores e entram outros 4 jogadores. Este tempo, geralmente varia entre 3 e 7 minutos de jogo dependendo do treinador que o utiliza. - Ideal para ser usado contra equipes inferiores física e/ou taticamente naquele jogo em você sabe que tem grandes chances de vencer. Falo apenas em “grandes chances” porque o Futsal é o esporte das muitas supresas. Já foi objeto de estudo num outro artigo as diretrizes pelas quais montamos as duas formações considerando as características de cada jogador e o momento do jogo (andamento do cronômetro e placar a favor ou contra) fazendo as formações ficarem mais ofensivas ou defensivas. Usado também para fazer “rodar” todo o plantel num jogo sem grande desgaste pois o atleta que mais atuaria estaria em quadra no máximo, 20 minutos (10 em cada tempo de jogo).
2) Sistema de Titularidade – Usado pela maioria dos treinadores, considera 5 titulares e os eventuais reservas numa escala de valores e por isso numa ordem de entrada segundo grau de aproveitamento e eficácia do atleta dentro do plantel. Costumo dizer que um plantel que trabalha segundo este regime tem quatro sub grupos bem identificados que são: Titulares (quem começas as partidas), Imediatos (que logo estão a substituir os titulares), os de Situação (demoram um pouco mais a entrar, mas a participação é em situações específicas como estar numa falta,fazer uma marcação especial, etc...) e a famosa “Baba” ( grupo de jogadores do fundo do plantel que quase sempre estão fora dos 12 que iniciam as partidas). O treinador assim trabalha a prontidão de uns poucos (6,7 ou quem sabe 8 atletas) e deixa os outros nem sempre prontos para a “luta”. A função de quem comanda é motivar quem está fora e fazer, dentro do grupo, uma competição interna de forma que todos tenham oportunidade e como se treina a equipe (exercícios muito participativos para todos) é muito importante. Outros fatores secundários são considerados e são comuns as duas formas citadas, tais como: - rendimento técnico tático - rendimento físico - lesões -alteração da forma de jogar depois de ter um jogador expulso - necessitar ser mais defensivo - necessitar ser mais ofensivo.
Mas o que queremos destacar neste pequeno ensaio, é que uma das variantes mais importantes para o sucesso das substituições nas partidas são as chamadas “entradas casadas” ou seja, aproveitar sua melhor formação contra aquela considerada a pior do adversário. Como citamos acima, se vence uma partida no conjunto do tempo jogado e não pela formação “titular”. Observar e aprender quando o adversário é obrigado a descansar seus melhores atletas e ai explorar suas fragilidades. Destacar um atleta para entrar “casado” com um adversário de destaque (ex: nosso fixo contra o pivô adversário) tendo, portanto alguém sempre descansado contra o adversário que acabou de descansar.
Claro que seguir alguém toda quadra durante todo o tempo é impossível, mas se seu atleta está treinado para fixar-se na missão ela tem muito mais chance de ser cumprida com sucesso. Pense nisso e até breve...........
Fonte: Dilso Junior
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